terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Orçamento Rectificativo




À laia das dicussões do orçamento de estado, prestes a ser parido, cá vai a minha - curta - visão do mesmo:

"Capítulo I

Aprovação do Orçamento
Artigo 1.º
Aprovação:


1 – É aprovado, pela seguinte proposta, o Orçamento de Estado Rectificativo para dois mil e seguintes, constante das seguintes secções:


a) Secções de I a V, com o orçamento da administração central, incluindo o orçamento dos serviços e fundos autónomos. Ou como quem diz: putas e vinho verde;


b) Secções VI e VII, com o orçamento para a área da Saúde. Isto é, para concretizar o pagamento de taxas moderadoras, de modo a que os Exmos. Srs. deste aparelho possam aceder aos serviços de saúde no privado e/ou no estrangeiro;


c) Secção VIII, com o orçamento para o Desporto, pretende-se, a partir desta data, esquecer de vez todas as modalidades desportivas, focando o investimento tão só na Bola e na prostituição adstrita à mesma;


d) Secção IX, com o orçamento para a Educação, procurar-se-á o reforço de verba para criar clones da actual ministra, a fim de alimentar répteis e feras selvagens nas ex-colónias portuguesas;


e) Secção X, com as despesas relativas a gastos vários, como o saco azul, a prostituição e a corrupção activa e passiva;


f) Secção XI, com o orçamento para o raio que os parta.


Capítulo II
Disciplina Orçamental
Artigo 2.º
Utilização regrada das dotações orçamentais:


1 - Ficam cativos todos os bens, considerados supérfluos e ociosos de cada cidadão, exceptuando os que exercem funções de estado ou governativas;


2 – Ficam cativos 99,9 % dos financiamentos comunitários, a fim de se proceder aos pagamentos de cartões de créditos, hotéis de luxo e gajas de alterne do (des)governo;


3 – São transferidos para as contas pessoais dos Srs. ministros na Off-Shore Land – qualquer uma delas – , todas as verbas obtidas no combate à fuga ao fisco, além de poderem ser aplicadas na aquisição de acções de empresas estatais. Sendo que quanto à Casa Pia, e outras instituições sodomitas, os proventos são pagos e/ou transferidos através de bacanais em alto mar e para lá do limite das nossas águas territoriais;


4 – Todas as verbas cativas na percentagem que cada ministro e presidentes dos conselhos de administração, e vogais, e assessores dos mesmos, e das gajas que os acompanham por todo o lado, de empresas estatais, semi-estatais e mais ou menos estatais, e que iriam usufruir da corrupção activa, serão aplicadas na compra de comboios de alta velocidade, na construção de 5 aeroportos, na organização de um mundial de futebol e dos Jogos Olímpicos lá para Viseu, dos Jogos Universais do Descontrolo Orçamental e, no inevitável, Campeonato do Mundo do Desmazelo Para Com o Povo Que Se Governa, onde, aparentemente, já está estará ganho um lugar no pódio, visando a aplicação social justa dos fundos congregados, sendo que para isso será extinto o rendimento mínimo, o subsídio de desemprego e todo o apoio a famílias carenciadas, mesmo àquelas que usufruem e não o são, como os pobres, por exemplo.


Capítulo III
Artigo 3.º
Alienação de Património
A alienação de património, considerado oneroso para o Estado, seguirá os seguintes trâmites:


1 – O Algarve, depois da independência, será vendido em Leilão Internacional, sendo que será só para disfarçar, porque já está reservado a Espanha;


2 – A Via do Infante, considerada a pior auto-estrada (?) da União Europeia, terá portagens altíssimas e os algarvios irão pagar mais do que os outros cidadãos, na ordem de inflação dos 314%, aproximadamente;


3 – A co-incineração será toda transferida para o Algarve, sendo que aquele estádio na fronteira entre Faro e o Penico será transformado num centro de queima ecológica de autarcas corruptos;


4 – Toda a energia produzida pela GALP sofrerá aumentos inimagináveis, sendo que aquela treta do aumento do petróleo continuará a ser maior aldrabice do(s) executivo(s), pois temos reservas para 10 anos e seguintes;


5 – Relativamente à taxa de juro do crédito à habitação, continuaremos a fingir que não se passa nada, para os bancos poderem continuar a levar famílias ao desespero e ao suicídio colectivo;


6 – O Banco de Portugal continuará a adquirir automóveis topo de gama mensalmente e o Sr. Governador poderá continuar a enganar os portugueses a seu belo prazer;


7 - Todos os cidadãos que ocupem cargos de ministros, perdão de ladrões, terão direito a reformas multi-milionárias, sendo que as ilhas que estão à venda no Pacífico Sul serão adquiridas para V. Exas. poderem descansar de tanto árduo trabalho efectuado durante o período de (des)governação.



Até que Portugal seja vendido às peças numa qualquer feira da ladra no Sudão ou no Ruanda, subscrevo por minha honra este Orçamento Rectificativo,


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(assinatura ilegível e bastante obscena)"